segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O BRASIL É HOJE A VERSÃO 2.0 DA ESPANHA 2003

MENSAGEM RECEBIDA ATRAVÉS DO SKYPE. NÃO SEI O AUTOR NEM A MÍDIA EM QUE FOI PUBLICADO.

[14:41:10] mafpessoa: O Brasil é hoje a versão 2.0 da Espanha de 2003, diz economista espanhol!

Para Santiago Nino Becerra, Brasil segue o mesmo caminho adotado pela Espanha, de endividamento e de crescimento pelo crédito

A Espanha é "irresgatável" e seus crescimento nos últimos anos foi "baseado numa ficção". O alerta é de uma das principais referências hoje na Espanha, o economista Santiago Nino Becerra, autor de dois livros sobre a crise econômica que afeta o país. Em entrevista ao Estado, o economista diz que um resgate para a Espanha custaria 800 bilhões à UE e ao FMI, dinheiro que "simplesmente não existe". Becerra também alerta que há sinais claros de que o Brasil está seguindo o mesmo caminho de endividamento e de crescimento pelo crédito adotado pela Espanha há dez anos. "O Brasil hoje é a Espanha de 2003, em versão 2.0."

A seguir, os principais trechos da entrevista.

Como, depois de anos de euforia, a Espanha chegou a essa situação? A festa não era real?

A festa em todo o mundo tem sido uma ficção e ainda é uma ficção nos países onde continua. Quando a capacidade de endividamento se esgotou, o pagamento da dívida se tornou impossível.

Como o sr. explica que ninguém na classe política viu essa ameaça e a criação de bolhas?

Certamente sabiam. Mas tinham de ignorar essa possibilidade. O hiperendividamento era, desde o final dos anos 80, a única opção para crescer.

O sr. já alertava para os riscos em 2006. O que diziam as pessoas ao ouvir essa advertência?

Quem me escutava admitia que o crescimento da dívida era insustentável. Na Espanha, entre 1996 e 2005, a dívida privada cresceu 140%.

Na segunda-feira, quando um novo governo assume o poder, há coisas que ele possa fazer diferente do governo atual para solucionar a crise?

Na segunda-feira, alguém ligará para Moncloa (palácio do governo) e perguntará pelo presidente do novo governo e dirá a ele que pegue papel e lápis para tomar nota do que terá de fazer o novo governo do Reino da Espanha. Isso se já não lhe foi dito.

Depois de Portugal, Irlanda e Grécia, a Espanha é resgatável?

A Espanha é irresgatável, assim como a Itália. Seriam necessários uns 800 bilhões, valor que simplesmente não existe.

Os planos de austeridade terão efeitos sociais profundos. Serão suficientes para tirar os países da crise?

O problema não é o gasto, e sim a arrecadação. Ao não crescer, a arrecadação é reduzida e a renda pública cai. Como os países europeus têm compromisso de déficit, a única possibilidade é o corte de gastos públicos, mesmo que isso deprima ainda mais a economia.

O Brasil vive um boom. A Espanha pode servir de lição sobre como não fazer as coisas?

Acredito que o Brasil vive uma situação virtual como a que viveu a Espanha de 1995 a 2007. Pelo que eu sei, a economia brasileira navega em um mar de créditos no qual o governo incentiva o consumo de tudo, como ocorreu na Espanha. Para "resolver" a questão da distribuição de renda, o Brasil deu acesso a crédito a um porcentual enorme da população. Algo parecido com o que ocorreu na Espanha. De 1997 a 2007, os salários reais dos espanhóis só cresceram 0,7%. Mas a população consumiu de tudo. Penso que o Brasil hoje é a Espanha em 2003, numa versão 2.0.


Conectem o que está escrito acima com essa outra reportagem (ambas no Estadão):

BC incentiva crédito no momento em que dívida de brasileiro bate recorde!

BRASÍLIA - O governo volta a incentivar o crédito para o consumo em um momento que, teoricamente, tem ingredientes arriscados: brasileiros nunca deveram tanto e nunca comprometeram parcela tão grande do salário para pagar as dívidas. Desde a crise de 2008, quando o governo aumentou a oferta de crédito para manter a economia aquecida, a dívida total dos brasileiros saltou 80,7% e o valor das parcelas pagas mensalmente cresceu 60%. Enquanto isso, o salário aumentou bem menos: 33,3%.

Dados do Banco Central revelam que o endividamento das famílias está no nível mais alto da história: pessoas físicas devem cerca de R$ 715,19 bilhões aos bancos em operações das mais simples, como o microcrédito e o cheque especial, até financiamentos longos, como o imobiliário e de veículos, passando pelo caro cartão de crédito.

Segundo o BC, cada brasileiro deve atualmente 41,8% da soma dos salários de um ano inteiro, um recorde. Há pouco mais de três anos, quando começou a crise de 2008, brasileiros deviam o correspondente a 32,2% de sua renda de 12 meses.

Pela metodologia usada nesses cálculos, o endividamento é o total das dívidas de uma família em relação à sua renda somada em um ano.

Seria como dizer que, na média, cada um dos mais de 192 milhões de brasileiros deve atualmente R$ 3.724 às financeiras e bancos. No início da crise passada, quando o Brasil tinha 2 milhões de habitantes a menos e o governo ainda não havia incentivado o crédito, o endividamento médio era de R$ 2.093.

Receituário repetido. O diretor de política econômica do BC, Carlos Hamilton Araújo, disse no começo do mês que a instituição não está preocupada com o aumento do endividamento das famílias porque o prazo praticado pelos bancos cresceu e os juros têm caído. Além disso, o mercado de trabalho e a renda seguem em expansão. "Percebe-se que o endividamento das famílias cresce, mas o comprometimento da renda tem se mantido", disse na ocasião.

Nos últimos dias, o BC retirou parte das amarras impostas ao crédito no fim do ano passado. Com o objetivo de aumentar a demanda interna, foram anunciados incentivos para financiamentos voltados ao consumo - como o crédito para veículos, pessoal e consignado. Além disso, o juro básico da economia cai desde agosto com o mesmo objetivo de baratear o crédito, incentivar o consumo e, assim, reduzir os efeitos da crise internacional. O receituário é bem parecido com o usado na crise de 2008.

Mas o quadro tem, gradualmente, mudado. Apesar do esforço para incentivar a economia interna, as forças geradas pelo complicado quadro global têm aparecido cada vez mais: estoques elevados, produção industrial cada vez mais lenta e desaceleração na geração de empregos.


Conclusão: essa farra do crédito fácil no Brasil não vai acabar bem!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Fim de linha: Fecha a última fábrica de máquina de escrever mecânica do mundo

Notícias Internacionais
Postado por José Attico   
Ter, 07 de Junho de 2011 16:32
Jawaharlal Nehru, imortalizado pelo seu povo como Pandit, "professor", foi o primeiro governante da Índia depois da traumática ruptura com o Império Britânico, em 1947. Para Nehru, que dirigiu o país até morrer, em 1964, a inauguração da primeira fábrica de máquinas de escrever representou a arrancada da jovem nação rumo à industrialização, ao futuro.
Naqueles longínquos anos 50, o polo industrial da Godrej & Boyce Manufacturing Company, erguido na cidade de Mumbai, veio se juntar a colossos ocidentais do ramo, como a Remington, a Hammond, a Underwood, a Adler-Royal, a alemã Olympia e a italiana Olivetti.
Máquinas de escrever: ferramenta usada até os anos 70 nas redaçõesMáquinas de escrever: ferramenta usada até os anos 70 nas redaçõesA fábrica indiana produzia 50 mil máquinas ao ano e abastecia Indonésia, Filipinas, Sri Lanka, Angola, Moçambique e Marrocos, países ávidos por teclados não europeus. Prático, eficiente e de fácil manejo, o invento conseguiu sobreviver até o mês passado, driblando as versões elétricas e sobrevivendo aos computadores de mesa, aos laptops e, mais recentemente, aos IPads.
É compreensível que seu último bastião tenha sido a Índia, país de industrialização desigual e capenga. Embora integrando o time das nações ditas emergentes, agrupadas na sigla Bric (Brasil, Rússia, Índia, China e que agora incluiu a África do Sul), e invejada pelas suas taxas de crescimento efervescentes, a Índia ainda tem perto de 400 milhões de pessoas sem acesso a energia regular e confiável. Daí que boa parte dos cartórios, repartições públicas e delegacias do país continuasse, até há pouco, a trabalhar na pré-história tecnológica.
No mês passado, com o anúncio do fechamento da última fábrica mundial de máquinas de escrever manuais, voltou-se a celebrar a arrancada da Índia rumo ao futuro.
A unidade instalada em Shirwal já havia sido desativada dois anos antes e transmutada em fábrica de geladeiras. Com o fechamento da unidade de Mumbai, colecionadores luditas agora se estapeiam para conseguir comprar as 200 últimas unidades do inventário.
A invenção da máquina de escrever costuma ser atribuída ao inglês Henry Mills, em 1713. Era destinada a cegos, chegou a ser patenteada, teve o aval da rainha Ana Stuart, mas jamais saiu do papel. A partir daí, a intermediação da mecânica no milenar ofício de escrever empunhando pincéis, penas, tintas, lápis, carvão e tantos outros artefatos manuais foi dando saltos. Houve uma primeira versão com teclado de autoria do italiano Pellegrino Turri, várias versões que só comportavam caracteres maiúsculos, modelos que lembravam máquinas de costura (com pedal e gabinete), pianolas ou construções de metal de formas desvairadas.
Houve até mesmo o audacioso projeto de um brasileiro, Francisco João de Azevedo, da Paraíba do Norte (atual João Pessoa), cujo protótipo foi apresentado na Exposição Industrial e Agrícola de Pernambuco, de 1861. A invenção lhe teria sido surrupiada pelo tipógrafo americano Christopher Latham Sholes. Embora jamais tenha sido patenteado, e nunca chegou a ser fabricado, o invento do professor de matemática brasileiro permanece no panteão nacional da máquina de escrever mecânica.
O fato é que Sholes aperfeiçoou a engenhoca de forma a que as hastes com os caracteres não se embaralhassem umas às outras. E solucionou a necessidade de haver letras minúsculas e maiúsculas. Ele acabou vendendo a patente à fábrica de armamentos Remington, à época ociosa devido ao fim da Guerra Civil Americana (1861–65).
As Remington, por seu lado, passaram a ser fabricadas em série, seu preço caiu e se espalharam pelo mundo letrado. Desde que Mark Twain estreou como o primeiro escritor a batucar seus textos em quatro fileiras de teclas, a literatura adotou o invento como companheiro inseparável.
O ruído da alavanca sendo acionada com urgência, do caractere tocando obedientemente na fita, do carro se movendo da esquerda para a direita, das teclas pressionadas ora com hesitação, ora com majestosa certeza – tudo, numa máquina de escrever mecânica, fazia barulho, mas nada era estridente. O som servia de companhia ao usuário.
"Até hoje sinto prazer em usar uma máquina de escrever manual para determinadas ocasiões", conta o americano Richard Polt, professor de filosofia em Cincinnati e um dos mais renomados colecionadores do mundo. "Frequentemente, desligo o computador para escrever o primeiro esboço de algum trabalho mais sério numa máquina mecânica. É a maneira mais garantida de não cair na tentação de abrir meus e-mailsou ficar me distraindo com outras coisas na internet. O bom das máquinas antigas é que você só pode fazer uma única coisa com elas: escrever."
Polt edita a ETCetera, publicação para aficionados, e mantém um site na internet –The Classic Typewriter Page – que abriga material de consolo para quem sofre de abstinência de conquistas passadas. "Máquinas de escrever manuais são para os ousados, os audaciosos, os que arriscam. Os perfeccionistas, em suma. Por quê? Uma vez que uma tecla é acionada, não há mais volta. Se você errar, só lhe restará recolher-se à sua vergonha e tentar camuflar o erro", escreveu um frequentador assíduo.
Rino Breebaart, outro escriba das antigas, apontou para a banalidade de um texto digitalizado no computador: "O sentido de esforço na criação e na produção se perde – na versão final você simplesmente homogeneíza e limpa tudo, apagando qualquer marca de hesitação, dúvida ou embate físico."
No Brasil, o paulistano Fernando Costa estoca uma coleção de quase 100 máquinasantigas, adquiridas ao longo de duas décadas de garimpo. Nas estantes de seu apartamento, que mantém aberto à visitação pública, convivem belíssimas Hammond modelo 1 com uma Sholes & Glidden da qual muito se orgulha. O exemplar mais antigo de seu tesouro data de aproximadamente 1870.
No presente, a carreira das sucessoras do original mecânico – as máquinas elétricas – é bem menos cintilante. Contatado para explicar por que desmente que o fechamento da Godrej & Boyce significa o fim de uma era, o americano Edward Michael, gerente de vendas da fábrica Swintec, de Nova Jersey, esclarece: o que acabou foram apenas os dinossauros mecânicos. Mas as linhas de montagem de máquinas de escrever elétricas e eletrônicas continuam a pleno vapor. "Para atender a demanda, temos fornecedores na China, Japão e Indonésia, entre outros", disse o executivo da Swintec.
Sua principal clientela é cativa. Literalmente: vive atrás das grades. Os Estados Unidos têm a maior população carcerária do mundo: 2,3 milhões de detentos. Ou seja, 745 para cada grupo de 100 mil habitantes. Proibidos de usar computador, ou mesmo máquinas de escrever eletrônicas com mais de 7 quilobytes de memória, como em Nova York, ou 64 quilobytes, no estado de Washington, a população carcerária americana é garantia de longa vida para uma indústria tão confinada quanto os seus usuários.
Dorrit Harazim/Estadão

domingo, 18 de dezembro de 2011

CORREIO DO BRASIL _ "PRIVATARIA TUCANA"

Teixeira é citado em Privataria Tucana como receptador de milhões de dólares em propina

16/12/2011 11:59,  Por Redação - do Rio de Janeiro
Ricardo Teixeira
A situação de Ricardo Teixeira está cada vez mais complicada no cenário político brasileirao
A Polícia Federal, que já investigava uma série de denúncias contra o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), encontrou no livro do jornalista Amaury Ribeiro Jr. A Privataria Tucana mais munição para seguir adiante com a tarefa de levantar o sumiço e posterior regresso de bilhões de reais desviados durante o processo de privatização das maiores companhias estatais do país, entre elas a Vale do Rio Doce, a Companhia Siderúrgica Nacional e a Telebras. Em seu livro, Amaury Jr. revela que parte dos recursos pagos em propinas e depositados em paraísos fiscais serviram para comprar fazendas e empresas no Brasil.
O repórter e dois outros jornalistas, Luiz Carloso Azenha e Tony Chastinet, obtiveram documentos inéditos na Junta Comercial e em cartórios do Rio de Janeiro e na Suíça, os quais comprovariam a veracidade das denúncias de corrupção e evasão de divisas que pesam sobre o presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Entre estes documentos, encontrava-se uma listagem com as datas dos pagamentos da propina, “que revelaram as coincidências já esperadas”, diz Amaury Jr., no início do livro. O dinheiro sujo seguiu direto para o principado de Liechtenstein, na Europa, para uma conta da empresa offshore Sanud Etablissement, “no total de US$ 9,5 milhões”, revela A Privataria Tucana.
“A relação demonstra que o primeiro meio milhão de dólares foi pago à Sanud em agosto de 2002, um mês antes de a offshore tornar-se sócia da RJL [empresa ligada a Ricardo Teixeira e ao ex-presidente da Federação Internacional de Futebol Associado (Fifa)]. Imediatamente, a Sanud injeta R$ 2,8 milhões na empresa de Teixeira. O dinheiro, justificado como aumento de capital integralizado pela Sanud, é investido numa fazenda do presidente da CBF em Piraí, interior do Rio. Um ano depois, a RJL coloca mais R$ 1 milhão em uma transportadora dos irmãos Ricardo e Guilherme Teixeira, no mesmo município” relata Amaury Jr.
Teixeira também tem sido alvo de frequentes ataques do ex-craque de futebol e hoje deputado federal Romário (PSB-RJ), que o acusa de receber propinas de empresários ligados ao esporte. Romário chegou a sugerir a renúncia de Teixeira dos cargos de presidente da CBF e do Comitê Organizador Local (COL) da Copa de 2014, caso o nome dele apareça no dossiê que será divulgado, ainda este mês, com os nomes dos envolvidos no suposto caso de recebimento de propina envolvendo a empresa de marketing ISL, citada na Privataria Tucana como fonte de recursos ilícitos para Teixeira.
– O senhor depôs na Polícia Federal sobre as denúncias do jornalista Andrew Jennings (da agência britânica de notícias BBC), de que o senhor teria recebido propina. Fala-se em um acordo para manter nomes em sigilo. O senhor recebeu propina? Se seu nome aparecer, o senhor renunciará à presidência da CBF e do COL? – indagou Romário, em recente depoimento tomado na Câmara dos Deputados.
Teixeira limitou-se a dizer que as perguntas de Romário estavam “fora de contexto” e que iria processar Jennings. Indignado com o episódio, Romário disparou:
– Minhas perguntas não foram respondidas. O brasileiro tem direito de saber com quem está lidando. Isso é, sim, importante para a Copa do Mundo. Me desculpa, mas isso aqui está parecendo um circo.
Empréstimo sem cobrança
Em seu livro, Amaury Jr. também relata como a empresa de Teixeira nunca precisou pagar por um empréstimo de R$ 1,8 milhões, tomado no exterior.
“Em 1994, quando a Sanud continuava recebendo dinheiro em Liechtenstein, sua sócia no Brasil continuava apostando nos negócios de Teixeira. Documentação registrada em cartório atesta que, nesse período, a RJL colocou mais de R$ 1,8 milhão no restaurante El Turf, aberto por Teixeira no bairro carioca do Jardim Botânico. Outros papéis, levantados pela CPI da Nike, da Câmara Federal, que investigou em 2001 os negócios suspeitos da CBF e de Ricardo Teixeira, provaram que a integralização de capital da Sanud na RJL de fato nunca existiu. No balanço contábil, a RJL justifica R$ 1,8 milhão como empréstimo concedido pela Sanud. O problema é que o empréstimo nunca foi pago e tampouco cobrado”, informa.
“Por mais bizarro que possa parecer, até pouco tempo transações desse tipo, maquinadas de famosos escritórios de advocacia tributária, movimentaram grande parte da lavanderia montada para clarear e trazer ao país o dinheiro sujo escondido no exterior. Viraram-se uma febre porque emprestavam uma faceta legal serem registradas no Banco Central. Quando se associavam às empresas brasileiras, as offshores, além de receber um CPF, tornavam-se aptas a trazer dinheiro do estrangeiro por meio de operações cambiais. E, nesse caso, o controle sobre tais operações e feito apenas por meio de amostragem…”, acrescentou.
“As transações eram justificadas como investimentos em empresas brasileiras. Em outras palavras, uma fatia graúda dos recursos introduzidos no Brasil como sendo investimentos estrangeiros – em operações com essas ou transações casadas na Bolsa de Valores – não eram nada disso. Era tão somente o retorno, devidamente lavado, do dinheiro sujo da corrupção e do crime organizado, antes hospedado nos paraísos fiscais”, conclui Amaury Jr. em A Privataria Tucana.