Estou experimentando fazer colagens de fotos de viagens que fiz, e nem me lembro quando.
Faz tempo que não escrevo. Estou tentando sair do estresse do trabalho e dos problemas eresponsabilidades que são muitas, e voltar a pensar em outras coisas, ler mais, me comunicar mais, enfim, procurar caminhos para escapar dos efeitos de viver dentro do "sistema".
domingo, 31 de agosto de 2008
terça-feira, 26 de agosto de 2008
FÉRIAS
É...!!! Consegui. Finalmente tirei uma semana de férias.
Estamos em Nova Friburgo. O hotel é ótimo. Nossa programacão tem toda a simplicidade do mundo: de manhã passeios pelos pontos turísticos nos arredores da cidade; de tarde, visitar, e fotografar outros lugares interessantes como a Casa de Cultura, onde encontramos três exposicões de quadros e outros trabalhos muito bonitos.
Quando voltar para casa vou baixar as fotos no computador e publicar as mais bonitas nesse blog.
Fazia tempo que eu não via o tempo passar... Fazia tempo que eu não amanhecia sem pensar na programacão do dia, sem pensar em problemas e trabalhos.
É bom viver... aliás, é lindo viver. Um dia de cada vez!
Estamos em Nova Friburgo. O hotel é ótimo. Nossa programacão tem toda a simplicidade do mundo: de manhã passeios pelos pontos turísticos nos arredores da cidade; de tarde, visitar, e fotografar outros lugares interessantes como a Casa de Cultura, onde encontramos três exposicões de quadros e outros trabalhos muito bonitos.
Quando voltar para casa vou baixar as fotos no computador e publicar as mais bonitas nesse blog.
Fazia tempo que eu não via o tempo passar... Fazia tempo que eu não amanhecia sem pensar na programacão do dia, sem pensar em problemas e trabalhos.
É bom viver... aliás, é lindo viver. Um dia de cada vez!
domingo, 17 de agosto de 2008
NOSSOS VELHINHOS
Fui a uma casa de repouso para velhinhos... Das melhores e mais caras do Rio de Janeiro.
Ao entrar, fiquei chocada, havia uns 30 velhinhos sentadinhos em uma sala, esperando a hora do almoco. Todos limpinhos e arrumadinhos. Juntinhos.
Nos olhos de alguns eu vi a o alheamento da vida, a falta de percepcão e consciência do aqui e agora; em outros, eu vi dificuldades físicas para falar, para andar, para realizar as coisas mais simples do dia a dia; vi também as rugas de todos eles; rugas que certamente contam histórias de suas respectivas vidas...
Mas, o que mais me chocou foi pensar que aquelas pessoas um dia foram ativas, inteligentes e produtivas... como nós... o que mais me chocou foi sentir a solidão de todas elas.
Estavam juntinhas, mas não conversavam.
Perguntei a enfermeira se as famílias davam a eles, algo mais do que o pagamento mensal da instituicão. Sim, muitos eram visitados, e com freqüência passavam o fim de semana na casa de seus familiares, ou eram levados para passear. Mas também haviam os completamente abandonados... e a frase repetida, em vão, nos fins de semana: "minha filha já chegou?", "onde está o meu filho?".
Se vida tivermos, todos nós, um dia, chegaremos lá. O tempo é impiedoso e inevitável... É bom não esquecer disso.
Ao entrar, fiquei chocada, havia uns 30 velhinhos sentadinhos em uma sala, esperando a hora do almoco. Todos limpinhos e arrumadinhos. Juntinhos.
Nos olhos de alguns eu vi a o alheamento da vida, a falta de percepcão e consciência do aqui e agora; em outros, eu vi dificuldades físicas para falar, para andar, para realizar as coisas mais simples do dia a dia; vi também as rugas de todos eles; rugas que certamente contam histórias de suas respectivas vidas...
Mas, o que mais me chocou foi pensar que aquelas pessoas um dia foram ativas, inteligentes e produtivas... como nós... o que mais me chocou foi sentir a solidão de todas elas.
Estavam juntinhas, mas não conversavam.
Perguntei a enfermeira se as famílias davam a eles, algo mais do que o pagamento mensal da instituicão. Sim, muitos eram visitados, e com freqüência passavam o fim de semana na casa de seus familiares, ou eram levados para passear. Mas também haviam os completamente abandonados... e a frase repetida, em vão, nos fins de semana: "minha filha já chegou?", "onde está o meu filho?".
Se vida tivermos, todos nós, um dia, chegaremos lá. O tempo é impiedoso e inevitável... É bom não esquecer disso.
domingo, 10 de agosto de 2008
A PORTA DO TEMPO
Olhei para aquela multidão do lado de fora da minha porta e não acreditei que, algum dia, eu pudesse, também, fazer parte dela.
Uma multidão sem nome próprio, sem roupa própria, sem hábitos próprios, sem pensamentos próprios. Sem identidade própria. Todos querendo ser iguais uns aos outros. E mais que isso: nessa semelhanca, a igualdade teria de ser diferenciada de alguma maneira. E a diferenciacão teria de ser estabelecida pela posse do dinheiro, do poder e da posicão social.
Então, todos querem o dinheiro, o poder e a posicão social. E novamente tornam-se iguais.
Um dia, há muito tempo, eu quis mudar o mundo. Não consegui. O mundo não queria ser mudado. Então eu mudei. Tive de mudar para sobreviver. Deixei para trás os sonhos, a capacidade de viver um momento de cada vez, de observar a beleza de tudo o que existe lá fora... também deixei para trás a inocência das criancas. Descobri a duras penas, que a maioria das coisas e das pessoas não são o que aparentam ser. E a vida pode ser uma disputa feroz.
E depois de viver tantos anos, hoje, quero retomar o meu comeco: quero de volta minha inocência de crianca, para voltar a acreditar nos outros; quero de volta a luz que vem do Universo para, agora, tentar enxergar muito além do material; quero de volta a crenca na bondade, na integridade e na capacidade de amor universal de todos nós... quero de volta a beleza e a energia que emana de cada pedaco da Mãe Terra...
Ainda que tudo isso seja apenas mais um sonho!...
Uma multidão sem nome próprio, sem roupa própria, sem hábitos próprios, sem pensamentos próprios. Sem identidade própria. Todos querendo ser iguais uns aos outros. E mais que isso: nessa semelhanca, a igualdade teria de ser diferenciada de alguma maneira. E a diferenciacão teria de ser estabelecida pela posse do dinheiro, do poder e da posicão social.
Então, todos querem o dinheiro, o poder e a posicão social. E novamente tornam-se iguais.
Um dia, há muito tempo, eu quis mudar o mundo. Não consegui. O mundo não queria ser mudado. Então eu mudei. Tive de mudar para sobreviver. Deixei para trás os sonhos, a capacidade de viver um momento de cada vez, de observar a beleza de tudo o que existe lá fora... também deixei para trás a inocência das criancas. Descobri a duras penas, que a maioria das coisas e das pessoas não são o que aparentam ser. E a vida pode ser uma disputa feroz.
E depois de viver tantos anos, hoje, quero retomar o meu comeco: quero de volta minha inocência de crianca, para voltar a acreditar nos outros; quero de volta a luz que vem do Universo para, agora, tentar enxergar muito além do material; quero de volta a crenca na bondade, na integridade e na capacidade de amor universal de todos nós... quero de volta a beleza e a energia que emana de cada pedaco da Mãe Terra...
Ainda que tudo isso seja apenas mais um sonho!...
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
CHUVISCO (LLOVIZNA)
MAFALDA VEIGA- CHUVISCO
Eu quisera poder ser feliz como um pássaro
uma flor que nasceu lá no campo
e não espera mais que a chuva ou o sol...
eu quisera nascer em cada nova manhã
na luz de um raio de sol que desnuda
a mais alta montanha,
e descer
no suave chuvisco, que cai, despertando a terra
com o frescor e a claridade do amanhecer...
eu quisera sentir a liberdade como uma águia
que abre suas asas e desenha no vale uma sombra fugaz...
e sentir-me raiz da mais alta das árvores
que roçando nas nuvens seus ramos desnudos,
as fazem chorar
sua tristeza no suave chuvisco, que cai,despertando a terra
com o frescor e a claridade do amanhecer...
eu quisera arrasar todas estas muralhas
que calam minha voz em um oco de sombra e de pedra mortal
e decodificar o sentir das pessoas
que não sabem ou não podem aprender que viver
é melhor que sonhar...
e é, como o suave chuvisco, que cai,despertando a terra
com o frescor e a claridade do amanhecer...
eu quisera morrer em um dia de inverno
para sentir a chuva molhar o meu rosto uma última vez
como sentir tua boca tocando a minha
e ainda por um instante pensar
que não é esse meu último adeus...
que morrer é como esse chuvisco que cai,despertando a terra
com o frescor e a claridade do amanhecer...
Eu quisera poder ser feliz como um pássaro
uma flor que nasceu lá no campo
e não espera mais que a chuva ou o sol...
eu quisera nascer em cada nova manhã
na luz de um raio de sol que desnuda
a mais alta montanha,
e descer
no suave chuvisco, que cai, despertando a terra
com o frescor e a claridade do amanhecer...
eu quisera sentir a liberdade como uma águia
que abre suas asas e desenha no vale uma sombra fugaz...
e sentir-me raiz da mais alta das árvores
que roçando nas nuvens seus ramos desnudos,
as fazem chorar
sua tristeza no suave chuvisco, que cai,despertando a terra
com o frescor e a claridade do amanhecer...
eu quisera arrasar todas estas muralhas
que calam minha voz em um oco de sombra e de pedra mortal
e decodificar o sentir das pessoas
que não sabem ou não podem aprender que viver
é melhor que sonhar...
e é, como o suave chuvisco, que cai,despertando a terra
com o frescor e a claridade do amanhecer...
eu quisera morrer em um dia de inverno
para sentir a chuva molhar o meu rosto uma última vez
como sentir tua boca tocando a minha
e ainda por um instante pensar
que não é esse meu último adeus...
que morrer é como esse chuvisco que cai,despertando a terra
com o frescor e a claridade do amanhecer...
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