sexta-feira, 15 de junho de 2012


Lagarde acredita que euro acaba em três meses se não encontrar saída para crise

12/6/2012 10:03,  Por Redação, com agências internacionais - de Washington

Lagarde pediu desculpas aos gregos por ter dito que eles não pagam impostos
O euro tem “menos de três meses” para ser salvo, segundo cálculos da diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, ChristineLagarde. A executiva falou ao canal de notícias norte-americano CNN, na manhã desta terça-feira. Em linha com a análise do mega-investidor George Soros, Lagarde também afirma que a zona do euro tem apenas mais um trimestre para salvar sua moeda.
– A construção da zona do euro levou tempo e é um projeto ainda em construção — disse.
A ex-ministra da Economia francesa, no governo Sarkozy, também quer ver mais empenho dos líderes europeus na busca de uma saída política para a crise no sistema capitalista que atinge, com mais força, os países da periferia do bloco, entre eles a Grécia, Portugal, Espanha, Irlanda e Itália.
– Eu os deixaria trancados até que encontrassem um plano para a Europa – diz Lagarde sobre líderes
Para a diretora do FMI, embora os espanhóis tenham recorrido a uma série de empréstimos para saldar as dívidas soberanas do país, ainda não há um pedido foram de ajuda para a Espanha. Já os gregos, segundo Lagarde, estão com um pé fora da zona do euro.
– A Grécia precisa mostrar vontade de permanecer na zona do euro – disse Lagarde.
Lagarde, no entanto, preferiu não arriscar uma previsão sobre a permanência da Grécia no bloco da moeda única:
– Trata-se de uma decisão e uma medida políticas.
A diretora-gerente do FMI também se desculpou por ter recentemente chamado os gregos de sonegadores de impostos e disse que seus comentários foram tomados de “uma maneira muito inflamada e tornou-se uma ofensa”. O FMI concedeu à Grécia em março passado um crédito de 28 bilhões de euros, após a ajuda de 30 bilhões de euros liberada em maio de 2010, da qual os gregos já receberam dois terços. As negociações sobre a entrega de novas parcelas aguardam as eleições legislativas de 17 de junho.

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